terça-feira, 31 de agosto de 2010

Fundamentos do Coco



O coco é um ritmo de origem negra que surgiu na época da escravidão, principalmente em Alagoas e Pernambuco, tendo-se espalhado por todo o norte e nordeste do País. O nome refere-se também à dança ao som deste ritmo.

Ficou conhecido nesse período também como samba, pagode, zambê e bambelô. Conta a história que os negros escravos, para aliviar as dores do trabalho de quebrar cocos secos com os pés e embalados pelo barulho que faziam, cantavam e dançavam. É uma dança de roda, geralmente executada em pares, que vão ao centro e desenvolvem movimentos ritmados, tendo como destaque o passo da umbigada que, ao ser realizado, anuncia a entrada de outros solistas no círculo.

A percussão tem destacada presença na música, com destaques para o ganzá, o pandeiro, a zabumba ou surdo, e os bombos. A execução é acompanhada por palmas e o repicar dos tamancos. As sandálias de madeira representam quase o quinto instrumento percursivo e, dizem alguns, o mais importante deles – pois imitam o barulho dos cocos quebrando.

Existem muitas variantes pelo Brasil. Algumas estão relacionadas ao local de origem (coco-de-praia ou coco-de-usina), ao acompanhamento musical usado (coco-de-ganzá ou coco-de-zambê), ou, ainda, às estrofes entoadas pelo cantador (coco-de-embolada).

A indumentária é livre.

fonte: "Dança, Brasil! - festas e danças populares". Gustavo Côrtes. Editora Leitura

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